sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Poluição Urbana afeta o Rio Una
por Luis Leonardo Barreto
Em Valença, o Rio Una se encontra em estado deplorável, com altos índices de poluição. Uma reportagem, de autoria do jornalista Magno Jouber,, publicada em março deste ano pelo Jornal A Tarde, chamou a atenção para a necessidade urgente de uma interferência a nível estadual visando à construção do esgotamento sanitário do município. Segundo a reportagem, quando passa a fazer parte da área urbana de Valença, o rio recebe diariamente aproximadamente 15 toneladas de coliformes fecais. A matéria foi baseada em uma pesquisa sobre as condições de risco ambiental realizada no Rio Una, onde foi constatado que o nível de coliformes fecais presentes na água a tornam imprópria para consumo e banho. O estudo foi de autoria do professor da Faculdade de Ciências Educacionais (FACE) e ambientalista Edgard Otacílio de Oliveira, e avaliado pela professora Joana Angélica Guimarães da Luz (UFBA), constatando que o índice – cuja unidade de medida é número Mais Provável (NMP) – de contaminação para cada 100 mililitros de água varia entre 490 NMP e 24 mil NMP.
      Por enquanto, apesar da propaganda do governo do Estado, em outdoors espalhados, inclusive em Valença, sobre o Programa Águas para Todos, até agora, nenhuma sinalização foi dada para o município sobre uma possível intervenção do Estado para solucionar o problema, que segundo especialistas, custa caro e o município não tem condições de bancar.
Ter um Rio passando pelo meio de uma cidade é um grande privilégio e  rio uma importantíssimo para  cidade  de  Valença  pois serve de  hidrovia para toda a região e não apenas pela sua beleza..Ele é bonito pela sua natureza, pelas embarcações que se configuram em sua paisagem pelo turismo que se utiliza dele , pela pesca , pelas formas de vida.

Ter um Rio passando pelo meio de uma cidade é um grande privilégio e  rio uma importantíssimo para  cidade  de  Valença  pois serve de  hidrovia para toda a região e não apenas pela sua beleza..Ele é bonito pela sua natureza, pelas embarcações que se configuram em sua paisagem pelo turismo que se utiliza dele , pela pesca , pelas formas de vida.


quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Bacias Hidrográficas de Salvador

By: Luane Oliveira Lavrador


                                   Bacias Hidrográficas de Salvador
  •     A cidade de Salvador entrecortada e circundada pelas águas, com  abundância de água em seu subsolo e com elevado índice pluviométrico está se tornando árida devido as cotidianas práticas de impermeabilização do solo urbano e da destruição da vegetação com a ocupação do solo sem a devida regulação.  Atualmente em Salvador existem doze Bacias Hidrográficas, sendo elas: Seixos-Barra/Centenário, Camarajipe, Cobre,  Ipitanga, Lucaia, Ondina, Paraguari, Passa Vaca, Pedras/Pituaçu, Ilha de Maré, e Ilha dos Frates.
  •         A Bacia Hidrográfica do Rio do Seixas (Barra/Centenário), compreende os bairros do Canela, Barra e Graça.Nessa Bacia a poluição é proveniente da contaminação dos rios por esgotos urbanos e drenagem de águas pluviais, tendo como característica o aporte de elevadas quantidades de microorganismos patogênicos , a exemplo das bactérias do tipo Coliformes Termotolerantes,  que são indicadores da presença de esgoto sanitário.
  •        A Bacia Hidrográfica de Ondina é a menor Bacia em extensão, fazendo parte dessa Bacia os bairros de Ondina, Calabar e Alto das Pombas, além das localidades de Jardim de Apinema, Alto de Ondina e São Lázaro.  A qualidade das águas dessa Bacia sofre alterações devido aos materiais e substâncias carreados pela drenagem pluvial, bem como do lançamento de esgotos sanitários de domicílios.
  •        A Bacia Hidrográfica do Rio Lucaia, compreende os bairros de Tororó, Nazaré, Barris, Boa Vista de Brotas, Federação, Acupe,Rio Vermelho, Itaigara e Amaralina.A Bacia de Lucaia é responsável pela drenagem de parte dos esgotos domésticos de Salvador. Esse rio encontra-se em toda a sua extensão fechado, totalmente antropizado, com suas águas sempre opacas e muito escura,  apresentando o leito bastante assoreado, comprometendo o fluxo de água.
  •     A Bacia Hidrográfica do rio Camarajipe é a terceira maior Bacia em extensão do município de Salvador. Compreende os bairros de Pero Vaz, Iapi, Caixa Dàgua, Pau Miúdo e Saramandaia.O grande comprometimento da qualidade de suas águas é provocado pelo lançamento de esgotos sanitários in natura, do acúmulo de resíduos sólidos provocando entupimento nos bueiros e erosão advinda da exploração de pedreiras.
    ·      A Bacia Hidrográfica do rio das Pedras compreende os bairros de Pirajá, Cajazeiras, Cabula,                      Doron, Saboeiro, Imbuí e Boca do Rio. A qualidade de suas águas é comprometida pela presença de resíduos sólidos e assoreamento do seu leito.
  •    A Bacia Hidrográfica do rio Passa Vaca tem sua nascente no bairro de São Rafael, atravessando todo o bairro de Patamares. O rio Passa Vaca vem sendo degradado pelo lançamento de esgotos e resíduos sólidos e pelos assentamentos e loteamentos irregulares, comprometendo o manguezal e todos os ecossistemas a ele associados.
  •     A Bacia Hidrográfica do rio Jaguaribe tem sua nascente nos bairros de Águas claras e Castelo Branco, percorrendo uma distância de 15,2km até a deságua em Piatã.O rio Jaguaribe e seus afluentes apresentam-se assoreados e com grande concentração de macrófilas, principalmente em sua foz, o que caracteriza uma carga muito alta de material orgânico, além da presença de resíduos sólidos.
  •     A Bacia Hidrográfica do rio do Cobre ocupa grande parcela do subúrbio ferroviário da cidade de Salvador, tendo sua nascente na Lagoa da Paixão, no bairro Moradas da Lagoa. Essa Bacia encontra-se relativamente conservada, apresentando considerável área de cobertura vegetal, com significativos remanescentes de ecossistemas no diversificado mosaico do bioma Mata Atlântica.
  •       A Bacia Hidrográfica do rio Paraguari tem nascentes em várias lagoas e áreas alagadiças, na região da estrada velha de Periperi,em coutos, e seu curso passa pelo bairro de nova constituinte.O rio Paraguari apresenta-se bastante degradado, com sinais de antropização em toda sua extensão, inclusive com a presença de macrofilas ao longo de seu curso.Suas águas apresentam resíduos sólidos e forte teor de esgotos, com ausência total de mata ciliar marginal.
  •      A Bacia Hidrográfica do rio Ipitanga  encontra-se limitada pelos municípios de Simões Filho e Lauro de Freitas .Apesar de forte pressão por moradia, é uma Bacia que apresenta cobertura vegetal compatível com as áreas de proteção dos mananciais, no caso: Ipatinga 1 e Ipatinga 2.

O resultado é que, hoje em Salvador, existem pouquíssimas Bacias Hidrográficas com água potável e que podem ser chamadas de rios.

Referências:
(Souza et all 2009)
                                   
http://futurodaagua.atarde.uol.com.br/?p=373&doing_wp_cron=1354215188.2048339843750000000000














quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Manilhamento do Rio das Pedras - Imbuí


Por: Bianca de Albuquerque: 


 O Rio das Pedras é margeado pelos rios Cascão, Saboeiro, Cachoeirinha e Pituaçu. Sua foz é no bairro da Boca do Rio, cujo nome, segundo Luiz Eduardo Dórea, autor do livro “História de Salvador nos nomes das suas ruas”, foi originado devido a este fenômeno hídrico. 


 Em junho de 2009, a prefeitura deu início às obras de canalização do Rio das Pedras, e anunciou as obras no canal da Vasco da Gama. A fim de evitar o descumprimento das normas ambientais, o Ministério Público do Estado da Bahia determinou ao Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá) que não emitisse nenhuma autorização à Prefeitura de Salvador para o encapsulamento de qualquer canal na cidade, a começar pelas obras do Rio das Pedras.
Obras no canal do Rio das Pedras, Imbuí

 No entanto, não houve fidelidade às leis Estadual 10.432/06 e Federal 9.433/97, por não apresentarem estudos hidrológicos e de viabilidade ambiental que justificassem o projeto. O professor doutor Lafayette Dantas Luz, do departamento de Engenharia Ambiental da UFBA, explica que esse tipo de urbanização pode provocar, dentre outros fatores, a perda de benefícios ambientais que o próprio rio produz, como condução com as águas subterrâneas, dificuldade e custos mais altos de manutenção e limpeza, além de consequências hidráulicas de transferência dos alagamentos para outros locais. “A galeria fechada, criada com a cobertura dos rios, cria ambiente não ventilado, quente, úmido e sem presença de luz. Isso propicia o desenvolvimento de comunidades de animais e insetos indesejáveis, tais quais ratos e mosquitos. A tudo isso se soma o aprisionamento de gases. Em outro aspecto, a cobertura impedirá que espécies que podem compor a paisagem urbana, como pássaros e peixes, se beneficiem das águas”, cita o professor.

  O fechamento deste canal aumenta ainda a temperatura dos bairros Imbuí, Cabula, Stiep, Costa Azul, Boca do Rio, dentre outros. A Secretaria Municipal dos Transportes e Infra-Estrutura (Setin) alega que tal obra foi fruto de reivindicações da população, preocupada com alagamentos, doenças e outros transtornos.




Fontes: SANTOS, E. Caminho das Águas em Salvador: Bacias Hidrográficas, Bairros e Fontes;

http://www.creaba.org.br/Artigo/300/Recursos-hidricos--Rios-sufocados.aspx

Nascentes de Salvador

By Daniela Coelho


A ocupação da cidade do Salvador sempre teve uma relação intrínseca com a abundância de água na região. Salvador é escolhida como "cabeça" do Brasil não apenas por sua posição estratégica, mas também pela presença abundante de água.
A cidade foi construída “num sítio sadio e de bons ares, com água abundante e magnífico porto”. Conforme a coroa portuguesa ordenava a Tomé de Sousa, este a fez num alto e longo promontório, cercado de água por todos os lados (PMS/FGM. Regimento do Governador e General Tomé de Souza, Salvador, 1998).

No início do século XVII, a  cidade já havia duplicado o  seu tamanho. Esta expansão acelerada e desordenada vai provocar um sério comprometimento das fontes de água. A velocidade de crescimento foi tão espantosa que no início do século XVIII Salvador já era a segunda cidade do Império Português, sendo menor apenas que Lisboa e o porto mais importante das Américas.  Vilhena, em suas Cartas Soteropolitanas, dizia que na Cidade Baixa havia as fontes da Preguiça, dos Padres, do Pereira e de Água de Meninos. Esta última servia como "água de gasto", que era para abastecimento dos navios. Já na Cidade Alta, as fontes eram  do Queimado, das Pedras, Fonte Nova, Gravatá, do Tororó, do Barril, do Coqueiro e de São Pedro - que segundo ele tinha a melhor água. Nesse período quase todas as casas possuíam um poço, não apenas para consumo interno, mas também para comercialização de água (UFBA - Faculdade de Arquitetura - CEAB, 1998).

Com o contínuo e desordenado crescimento  de Salvador, os rios urbanos e fontes sofrem poluição tornando-se inutilizáveis – sendo o exemplo mais clássico dessa degradação o rio das Tripas, mais tarde aterrado. Os dejetos eram continuamente despejados em suas nascentes e leitos. Em 1785 é possível encontrar documentos nos quais a Câmara Municipal de Salvador solicita ao rei que intervenha para que as águas de rios próximas da cidade sejam canalizadas. Neste sentido, pode-se constatar que desde o final do século XVIII já se evidenciava a necessidade de trazer água de fora dos limites da cidade para abastecê-la por meio de encanamento (MATTOSO, 1978, p.48).

As fontes – principais locais de abastecimento da população do período – sempre representaram um problema para a administração. Eram locais de muitos conflitos, pois se caracterizavam como territórios dos aguadeiros, em sua maioria escravos que vendiam água. O espaço público soteropolitano, de modo geral, era o espaço do negro, do trabalho escravo e de ganho (SILVEIRA, 2003).

1. Fonte dos Padres                                                        10. Fonte do Tororó
2. Fonte do Pereira                                                         11. Fonte do Barril
3. Fonte de Água de Meninos                                         12. Fonte do Coqueiro
4. Fonte do Queimado                                                    13.Fonte de São Pedro
5. Fonte de Santo Antônio                                              14.Fonte do Unhão
6. Fonte do Baluarte                                                       15.Poço do Maciel
7. Fonte das Pedras                                                       16.Poço de São Miguel
8.  Fonte Nova das Pedras                                             17.Fonte N. S. da Graça
9. Fonte do Gravatá                                                       18.Fonte Chega Nego



No início do século XX Salvador já demonstrava a necessidade de novos mananciais. Nesse sentido, Teodoro Sampaio elaborou a Bolandeira e uma série de serviços na represa do Prata, na Mata Escura, no Saboeiro, em Pituaçu, na Cruz do Cosme e em Duna Grande. A cidade passou a recorrer a lugares cada vez mais distantes na busca de água de melhor qualidade (SILVEIRA, 2003).

O engenheiro Saturnino de Brito, em 1925, assumiu a tarefa de elaborar um novo sistema de abastecimento para a cidade e acabou por propor um extensivo plano urbanístico. A influência de muitas das diretrizes traçadas neste pode ser percebida nos presentes planos de abastecimento da cidade. Atualmente Salvador é servida por rede de água tratada pela EMBASA.

Assim, Salvador que já foi conhecida como a “cidade das mil fontes” pela sua riqueza na produção de água potável, perdeu essa condição para buscar o fornecimento hídrico distante. Muitas das fontes originais da cidade já estão desaparecidas e as que ainda existem estão em total processo de abandono. A gestão das fontes soteropolitanas é de responsabilidade da Câmara Municipal do Salvador. Hoje, dentro deste mesmo escalão,  esta gerência foi passada para a Fundação Gregório de Mattos – FGM, instituição vinculada a patrimônio e cultura, desde 1986.



A primeira fotografia mostra a Fonte dos Padres localizada na encosta do antigo Colégio dos Jesuítas. Em 1587 Gabriel Soares já registra a sua existência, em 1628 é remodelada com o acréscimo de duas bicas. Equipamento foi tombado pelo Estado, desde 1981, e nos dias atuais encontra-se totalmente seco. A segunda fotografia mostra a Fonte de Água de Meninos - 1764/1800 (construção e reforma). Abastecia a Feira de São Joaquim e aos saveiros, e na atualidade funciona parcialmente. Arquivo: Araújo, S.



Fonte das Pedreiras ou Solar do Unhão - Uma das fontes mais antigas do Salvador. Em 1587 Gabriel Soares já registra a sua existência. A segunda fotografia mostra a Fonte do Santo Antônio, também citada por Domingos Rebelo, em Corografia do Império do Brasil, 1829. Reedificada em 1889. Arquivo: Araújo, S. / Jaime Nascimento.



Fonte do Dique do Tororó - Inaugurada em 1875 e Fonte das Pedras, de 1875, atenderam a demanda de águas para a Av. Joana Angélica até o início do século XX. Arquivo: Araújo, S. / Jaime Nascimento.



A primeira fotografia: Largo Dois de Julho - aguadeiros fazendo abastecimento da cidade; a seguinte: Chafariz (1861), no Terreiro de Jesus, homenageia os principais rios da Bahia: Paraguaçu, Jequitinhonha,Pardo e São Francisco; Arquivo: Faculdade de Arquitetura UFBA – CEAB e ARAÚJO, Solange.

Fonte: 1. ARAÚJO, SOLANGE. Tipomorfologia das Praças e Largos de Salvador. Tese de Doutorado. Programa de Pós Graduação em Arquitetura e Urbanismo, UFBA, 2006.
2. MATTOSO, Kátia M de Q. A Cidade do Salvador e o seu Mercado no Século XIX. Editora Hucitec Ltda., São Paulo e Secretaria Municipal de educação e Cultura, Prefeitura Municipal do Salvador, 1978.
3. (PMS/FGM. Regimento do Governador e General Tomé de Souza, Salvador, 1998).









Rio subterrâneo na Amazônia pode ser o maior do mundo, batizado com nome de RIO HAMZA.

By Gabriela Prazeres


Pesquisadores descobriram um curso de água a 4 mil metros de profundidade. A descoberta é fruto do trabalho de doutorado de Elizabeth Pimentel, coordenado pelo pesquisador Valiya Hamza, o qual batizou o rio com seu sobrenome.
O Rio Hamza nasce no Peru, na Cordilheira dos Andes, mesma região que o Rio Amazonas. O fluxo da água deste rio segue na vertical, sendo drenado da superfície até dois mil metros de profundidade. Depois, próximo à região do Acre, o curso fica na horizontal e segue o percurso do Rio Amazonas, no sentido oeste para o leste, passando pelas bacias de Solimões, Amazonas e Marajó, até adentrar no Oceano. A água do Hamza segue até 150 km dentro do Atlântico e diminui os níveis de salinidade do mar. É possível identificar este fenômeno devido aos sedimentos que são encontrados na água, característicos de água doce, além da vida marinha existente, com peixes que não sobreviveriam em ambiente de água salgada.
As pesquisas já feitas até hoje indicam que o Rio Hamza possui cerca de 6 mil metros de comprimento e apesar de ser um rio subterrâneo, sua vazão (quantidade de água jorrada por segundo) é maior que a do Rio São Francisco, que corta o Nordeste brasileiro. Enquanto o Hamza tem vazão de 3,1 mil m³/s, a do Rio São Francisco é 2,7 mil m³/s. Mas nenhuma das duas se compara a do rio Amazonas, com 133 mil m³/s.
Outro número que chama atenção é a distância entre as margens do Hamza, que alcançam até 400 km de uma borda a outra. Comparando sua velocidade de curso com a do Rio Amazonas, é muito menor, porque o fluxo de água tem que vencer as rocas existentes há 4 mil metros de profundidade.



Rio Hamza, descoberto por pesquisadores brasileiros, fica bem abaixo do Rio Amazonas, que corta a região Norte do país, a quatro mil metros de profundidade (Foto: Rede Globo)

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Manilhamento do Rio dos Seixos - Barra/Centenário

Por: Bianca de Albuquerque


Com segunda maior densidade populacional da cidade de Salvador, a Bacia do Rio dos Seixos – Barra/Centenário possuía 60.826 habitantes no ano 2000, segundo IBGE, compreendendo os bairros da Graça, Barra e Canela, cuja população possui predominantemente as maiores faixas salariais do município. A Barra é um bairro tradicional, onde estão construídos diversos prédios e monumentos históricos, desde a chegada dos portugueses.
  O maior rio da bacia é o Rio dos Seixos, que significa “pedras roladas”.  Suas fontes situam-se na Vale do Canela e na Fonte Nossa Senhora das Graças, seguindo em direção à Avenida Centenário. Possui baixa vazão e baixa profundidade, aumentando ou diminuindo seu fluxo em função do índice pluviométrico. Todo o seu percurso é cercado pela antropização.  O início do seu trecho é marcado por canalizações de alvenaria de pedra. Em suas margens, notam-se resíduos sólidos, assoreamento, e crescimento de gramíneas na área onde está canalizado. Em 2008, da Rua dos Católicos até a Av. Centenário, o rio é coberto e impermeabilizado por lajes de concreto armado. Equipamentos de ginástica, iluminação, parques infantis, jardins de cooper, ciclovias e uma nova pavimentação foram construídosadicionando ao leito resíduos sólidos de construção civil, seguindo dessa forma até a foz, nas proximidades do Farol da Barra. O estudo ambiental alegou que ainda havia algumas espécies de peixes e vegetação, e que o rio estava em fase de recuperação, mas ainda assim a obra foi realizada.
   (Rio dos Seixos encapsulado)

 Embora não tenha sido observado nenhum lançamento direto no seu leito, a maior fonte de poluição do mesmo é o esgoto doméstico. O Sistema de Esgotamento Sanitário de Salvador atende aos bairros circundantes, mas existem ligações clandestinas de esgoto sanitário à rede do rio, devido à resistência por parte de cidadãos em conectar suas casas à rede pública responsável, devido também  à existência de casas sobre canais de drenagem, em fundos de vale e encostas, dificultando a implantação da rede coletora de esgotos, além de reformas e ampliações de imóveis sem a devida autorização da Prefeitura.






(Fonte: o Caminho das Águas - Bacias Hidrográficas, Bairros e Fontes) 

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

LAGOA DO ABAETÉ

By João Felipe Magalhães


A lagoa do Abaeté situa-se na área de proteção ambiental Parque Metropolitano Lagoas e Dunas do Abaeté, no bairro de Itapuã, em Salvador, na Bahia. "Abaeté" significa, em tupi, "homem verdadeiro".

A lagoa de água escura cercada de dunas de areia branca resulta do represamento de antigos rios que corriam na região e do acúmulo de água de chuva, bem como das lagoas temporárias em torno, mais hoje essa história mudou, o fato é que, por sua água doce, é sustentada por nascentes que surgem no meio das dunas - e não pelo represamento da chuva, como um dia se acreditou.

Uma curiosidade é que a água tem temperatura diferente em vários trechos, resultante de correntes que não se misturam. A profundidade chega aos cinco metros, e a coloração escura é determinada pelos minerais e micro-organismos presentes em toda a extensão da lagoa.
Fonte : http://toatentatudo.blogspot.com.br/2010/09/lagoa-do-abaete-salvador-ba.html

As dunas são formadas pelo acúmulo de areia vinda da Praia de Itapuã e adjacências foram emolduradas, com o passar do tempo, por cobertura vegetal de restinga. Essa vegetação desempenha um importante papel na preservação da flora local, e entre as espécies mais encontradas estão orquídeas (algumas de espécies raras e valorizadas financeiramente) e árvores frutíferas, como goiabeiras e cajueiros.

O Parque ocupa uma área de 400 hectares, e desde que foi criado, em 1993 passou a ser um importante pólo de lazer ecológico de Salvador, com área urbanizada.
Fonte :http://olhares.uol.com.br/lagoa-do-abaete-foto274684.html
            Como consequência desta expansão urbana e demográfica a Lagoa do Abaeté passou a sofrer constantes agressões por parte de moradores de invasões das proximidades, observando-se ali a redução do espelho d’água em função do lento e progressivo assoreamento, a presença de micro-organismos patológicos, trânsito de veículos sobre as dunas do entorno, acidentes com frequentadores, entre outros.

Fonte :
http://www.portaldesalvadorbahia.com.br/lagoa_do_abaete.htm
http://www.meioambiente.ba.gov.br
http://www.litoralnortebahia.com.br/salvador/lagoa-do-abaete