DIQUE DO TORORÓ
Larguras: de cima para baixo: 130-196-166-50 mts.
O Dique do Tororó é único manancial
natural da cidade de Salvador, uma lagoa artificial hoje com os
seguintes limites: à esquerda o bairro do Tororó; à direita, o bairro de Brotas
e seus diversos distritos; ao norte pelo então Estádio Otávio Mangabeira (Fonte
Nova) e ao sul pelo bairro do Garcia।.
Possui cerca de 25 mil metros quadrados com profundidade variável entre
5.60 metros (máxima) e mínima de 2.60 metros. Já foi mais fundo, em torno de 7
metros. Nessa época tinha até jacaré e diversas variedades de peixe.
Consequentemente, não era poluído. Boa parte da população vizinha ao local
bebia de sua água. A sua margem direita olhando-o à partir do estádio, era
cheia de hortas onde a população se abastecia e muitos lavavam a roupa.
Lavadeiras-Dique Tororó
Diz-se que os governos da época tentaram por muitas vezes bombear sua
água para abastecimento da cidade. Uma dessas estações ficava no bairro de
Nazaré.
Um pouco antes, em 1963, lamentavelmente, o dique
passou a receber esgotos das residências que se construíam no alto de suas
margens, principalmente de Nazaré e Brotas.
Acreditamos, contudo, que a poluição do dique é anterior a 1963. Acima
temos uma foto datada de 1943. Um barco com pessoas desembarcando em uma de
suas margens, possivelmente no lado do Tororó. Veem-se muitas baronesas, um dos
sinais visíveis de poluição.
Usina
Geradora do Dique – 1926 – Vista na foto anterior na margem contrária
Fonte-google imagens
Outras
denominações tem a planta pelo Brasil afora, como, por exemplo, “orelha de
jegue” – jacinto d”água e miriru.
Geralmente é uma praga, mas também tem seu lado bom. Vejamos por que: ela é
quase água (95%). Apresenta-se suspensa e flutua livremente enroscada em
obstáculos, presa ao solo em locais de água rasa e até pode se enraizar em
locais secos.
Ela flutua por que possui pecíolos cheios de cavidade de ar. Serve de abrigo
natural a organismos de vários tamanhos, servindo de habitat para uma fauna
bastante rica, desde micro-organismos, moluscos, insetos, peixes, anfíbios e
répteis e até aves. Ela é também como que um filtro natural e tem a capacidade
de incorporar em seus tecidos uma grande quantidade de nutrientes.
Assim, se um lago estiver poluído, suas raízes longas e finas com uma enorme
quantidade de bactérias e fungos, atuam sobre as moléculas tóxicas, quebrando
sua estrutura.
Por mais incrível que pareça e pouca gente sabe disto, as baronesas estiveram no dique para ajudá-lo, senão seria um mal cheiro insuportável para os milhares de pessoas que viviam ao seu lado ou trabalhavam nas suas margens.
Por mais incrível que pareça e pouca gente sabe disto, as baronesas estiveram no dique para ajudá-lo, senão seria um mal cheiro insuportável para os milhares de pessoas que viviam ao seu lado ou trabalhavam nas suas margens.
Claro que elas não podiam continuar. Davam um aspecto de uma área abandonada,
entregue a sua própria sorte, no caso, entregue às baronesas.
Foi preciso oxigenar sua água, daí os esguichos que hoje integram a paisagem do
dique. Parece uma “decoração”, mas, em verdade estavam ali tentando oxigenar
sua água.
OS ORIXÁS: Iansã, Nanã, Ogum, Oxalá, Xangô, Iemanjá, Oxum e Oxóssi.
Estes estão
dentro d’água: Iansã (Deusa da guerra e das tempestades); Nanã (a mais velha
das Orixás); Ogum (deus do ferro e da guerra); Oxalá (o pai de todos os
Orixás); Xangô (deus dos raios e trovões); Iemanjá (deusa do mar e mãe dos
Orixás); Oxum (deus dos rios, lagos e fontes) e Oxossi (deus das matas e da
caça).
Há certa
controvérsia de relação às origens do dique. A maioria atribui a sua construção
aos holandeses quando aqui estiveram entre 1624 e 1625. Numa estratégia das
mais duvidosas, teriam represado o rio que ali passava e as águas contidas
formaram a lagoa. A referida lagoa dificultaria a movimentação das forças
portuguesas. Como? Ninguém explica.
A mais absurda das concepções é aquela de que o dique foi cavado à mão e pá por escravos. Se fosse verdade, estariam cavando até hoje. E onde colocaram a terra resultante da escavação?
A mais óbvia e coerente versão de sua formação é aquela de que no local corria efetivamente um rio, Lúcia, um braço do Rio Camurigipe. A região era um vale com elevações em todos os seus lados. Represou-se o rio e se formou a lagoa com determinada profundidade. Isso se deu entre o final do século XVII e o meado do século XVIII para defesa complementar dos limites de Salvador.
Claro que os limites da lagoa não eram os mesmos do que são hoje. Deviam chegar na altura das 7 Portas cobrindo a hoje Rua Djalma Dutra que liga a Fonte Nova àquele largo. Certamente se estendia até por todo o vale dos Barris e se encaminhava para os lados da Avenida Vasco da Gama. Em seguida vieram os aterros, o primeiro deles executado em 1810 até que em 1998 se definiu a sua atual estrutura.
A mais absurda das concepções é aquela de que o dique foi cavado à mão e pá por escravos. Se fosse verdade, estariam cavando até hoje. E onde colocaram a terra resultante da escavação?
A mais óbvia e coerente versão de sua formação é aquela de que no local corria efetivamente um rio, Lúcia, um braço do Rio Camurigipe. A região era um vale com elevações em todos os seus lados. Represou-se o rio e se formou a lagoa com determinada profundidade. Isso se deu entre o final do século XVII e o meado do século XVIII para defesa complementar dos limites de Salvador.
Claro que os limites da lagoa não eram os mesmos do que são hoje. Deviam chegar na altura das 7 Portas cobrindo a hoje Rua Djalma Dutra que liga a Fonte Nova àquele largo. Certamente se estendia até por todo o vale dos Barris e se encaminhava para os lados da Avenida Vasco da Gama. Em seguida vieram os aterros, o primeiro deles executado em 1810 até que em 1998 se definiu a sua atual estrutura.
Retornando aos Orixás do Dique,
salientamos que está havendo um problema! Os mesmos estão provocando ciúmes
junto a outras comunidades que não o Candomblé. Os Evangélicos, por exemplo,
querem que a prefeitura faça um monumento representando uma bíblia que seria
instalada bem ao centro da lagoa. Argumentam questões de liberdade religiosa
assegurada pela Constituição.
Pelo andar da carruagem, os Católicos também vão
querer, por exemplo, implantar uma cruz que é um belíssimo símbolo. Por sua
vez, os Budistas desejarão colocar um grande Buda em meio às suas águas. E para
encerrar, a turma do Axé, turma forte, pensará em colocar um Trio Elétrico no
centro da lagoa com som, neon, lazer e tudo mais que lhe aprouver e ainda for
inventado. Iria sair faísca! Ainda por cima o povo ficaria dançando nas
margens.
Fontes das informações Google: Historia de Salvador-Cidade Baixa
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